20/05/2011

Contra o bullying

Por Antônio de Pádua P. Camêlo

   Descaso da escola.  Humilhações.  Solidão.  Ódio descontrolado.  Desejo de vingança.  Sangue derramado.  Suicídio.  Sonhos interrompidos.  Doze crianças mortas.  Famílias destruídas.  Esse é o retrato da tragédia ocorrida na Escola Municipal Tasso da Silveira, do bairro Realengo, na cidade do Rio de Janeiro.
   O autor do massacre era um ex-aluno da escola, cujo nome Wellington Menezes de Oliveira, de 23 anos, que, de acordo com os jornais do país, apresentava distúrbios psíquicos decorrente do bullying sofrido na infância.  De imediato, dizemos que nada justificava a terrível chacina, isto é, alegamos, somente, Wellington foi o único culpado pelo crime na capital fluminense.  Será?
  Primeiro devemos entender que o bullying é um conjunto de atos repetitivos de violência psíquicos e físicos que têm a finalidade de intimidar uma pessoa ou um grupo.  Segundo, os psicólogos falam que cada indivíduo reage de maneira distinta ao bullying.  Uns conseguem superar e levam uma vida social e profissional normalmente. Outros se tornam pessoas tímidas e fechadas, mas sem fazer mal ao próximo. Porém, alguns despertam ódio que desdobra um intenso desejo de vingança, podendo causar tragédias semelhantes à de Realengo.   Por último não é obrigação, exclusiva dos pais do estudante, alvo dessa violência, combatê-la, é também, responsabilidade da escola.  
   Os professores e os coordenadores estão mais capacitados a perceber e resolver o “problema”, já que fazem parte do cotidiano acadêmico dos alunos. Eles não têm apenas a função de ensinar matérias que serão cobradas para o ingresso do ensino superior e mercado de trabalho.  Como uma pessoa que pratica o bullying, desde cedo, poderá ser um bom profissional? Como podemos desejar um país mais justo se permitimos que as crianças, adolescentes e adultos sobrepõem aos mais “frágeis”? Seria impossível!
   Portanto, vamos todos, educadores, alunos e pais. Lutaremos contra o bullying.  Ensinaremos, principalmente, para as crianças, que não existem “valentões” e “cordeirinhos” e sim seres humanos. Eles devem compreender que a felicidade, justiça, amor e respeito não são conquistados e sim compartilhados.

2 comentários:

Fernanda disse...

Estava a pouco assistindo o programa ‘Altas Horas’ da TV Globo, onde o apresentador Serginho Groisman, mostrou uma reportagem feita, especialmente, contra um ato de Bullyng, no colégio estadual Gentil de Albuquerque, em Mata Grande (AL), onde um jovem de 14 anos, foi agredindo por um outro garoto verbalmente e fisicamente, após assumir que é gay, passou a ser perseguido no colégio. Um vídeo feito por dois jovens de 15 anos de idade, caiu na rede, e quem viu garante que as cenas são de tirar o fôlego. Os pais do estudante agredido entraram com uma ação no Conselho Tutelar de Mata Grande, e o caso foi parar no Ministério Público. Sem comentários....

Mário disse...

Resumiu tudo, é uma realidade triste.
Na minha época haviam bem menos desses casos, parece que as crianças hoje estão mais informadas e menos educadas.

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